Finalmente consegui assistir a Aftersun, um dos filmes mais elogiados de 2022. Estreando na direção, a escocesa Charlotte Wells causou um fenômeno interessante: uma onda de críticos e influenciadores repensando as memórias de seus pais. No meu caso, a bola desviou e foi parar em minha mãe.
Mas, espera aí. Deixe-me tentar organizar esse texto.
Aftersun é uma espécie de ensaio sobre a memória. Uma mulher de cerca de 30 anos revisita fragmentos das férias que passou, aos 11, com seu pai depressivo, num hotel meia-boca na Turquia, no começo dos anos 2000.
Para ajudar a reconstruir a narrativa desses dias simultaneamente míticos, nostálgicos e traumáticos, ela conta com gravações feitas em câmeras amadoras da época. Vamos começar por aí.
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