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O pulso ainda pulsa

Como seria a música “Pulso”, do Titãs, se fosse composta em 2024?

Eduardo Fernandes
jan 09, 2024
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Por algum acaso algorítmico, me lembrei da música “Pulso”. É um clássico da banda Titãs, cuja letra é uma lista de doenças, recitadas num tom linear. Ela se reveza com a frase “o corpo ainda é pouco”. Como seria uma versão contemporânea dessa música?

Há tantas possibilidades.

Se o autor quisesse ficar só na área da psiquiatria, poderia compor um épico de 20 minutos.

Ou, talvez, preferisse seguir uma linha menos pessimista, estilo biohacking, de podcasters de saúde, tipo Huberman Lab. E daí listar apenas suplementos: “whey, creatina, termogênicos, albumina”.

Mas se quisesse fazer um disco triplo, conceitual, daqueles que se ouvia nos anos 1970, teria que listar identidades: “assexual, trans, cis, pan, inter”. E, aqui, seria melhor chamar um cantor grego.

Ideologias também serviriam: “comunista, anarquista, libertário, altruísta eficaz, aceleracionista eficaz, extropianista, singularianista, cosmista”. Ou suas respectivas siglas e subgêneros, o chamado TRESCAL.

As estéticas também não poderia…

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