Sua retrospectiva chegou
Nah. Não nesta newsletter.
Engraçado como criamos e atualizamos constantemente as microengenhocas de controle.
Ahn…
Que começo horrível.
Vamos tentar de novo.
Primeiro, vamos nos lembrar de que nossas vidas são cheias de microengenhocas, rituais ajambrados pra nos ajudar a amar e a controlar uns aos outros. Em especial, os fins de ano são cheios delas:
Os rituais presenciais, como Amigo Secreto, ceias, etc.
Os midiáticos, como ler as retrospectivas, na qual alguma empresa define “o que foi importante”, o que foi notícia naquele ano.
E, agora, temos os algorítmicos, no qual tecnologias desenvolvidas por corporações nos dão estatísticas supostamente corretas sobre aquilo que consumimos. Em especial cultura.
Cada um desses tipos de rituais tem dois aspectos: um de entretenimento, outro de controle.
Por exemplo, imagino que você conheça as delícias e amarguras de um amigo secreto na firma, certo? Nem preciso explicar. Há um lado de sociabilização, outro de gastação de dinheiro. Você precisa gerenciar egos, pacificar sensibilidades e por aí vai.
Não há um manual pra obter sucesso nessas atividades. É por isso que uso o termo “engenhoca”: são práticas e gambiarras cotidianas que funcionam na base da intuição e da engenhosidade. Nada muito científico, como uma dessas máquinas de Rube Goldberg.
Mas vamos nos concentrar nas microengenhocas algorítmicas.
Continue a leitura com um teste grátis de 7 dias
Assine Texto Sobre Tela para continuar lendo esta publicação e obtenha 7 dias de acesso gratuito aos arquivos completos de publicações.

