Saindo do armário
Migrando de uma visão limitante para outra.
Sair do armário é um processo que nunca acaba. A expressão ficou associada a assumir uma determinada identidade sexual, mas pode ser um processo bem mais amplo.
Por um lado, significa dar-se permissão para fazer ou ser algo, para encarar de vez um desejo ou uma aversão. Por outro, pode ser limitante e grudar outro rótulo na testa, limitando a vida para encaixá-la neste ou naquele viés.
Muitas vezes, consciente e/ou inconscientemente, gastamos uma vida inteira pulando de um armário para outro. E ainda tentamos convencer as pessoas a nos seguir.
Mas aí é que está a beleza trágica do nosso bug natural (ou sanidade inata): onde quer que haja um bunker, cedo ou tarde, haverá a claustrofobia, o desejo de transcender.
Precisamos trabalhar duro, extremamente duro, para permanecer num armário. Especialmente quando escolhemos entrar ali. Temos que limpar as incoerências, adornar as prateleiras, tirar o mofo, ignorar o tédio, tentar não olhar para os lados, etc.
A migração entre armários é um process…
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