Sempre fui intelectualmente arredio a chefes, porém, um tanto subserviente demais, na prática. Por dentro, Robespierre. Por fora, um serviçal, um samurai.
Essa é a fórmula perfeita para criar ressentidos. E ressentimento pode se manifestar em inúmeras formas: violência, arte, ativismo, isolamento, timidez, etc.
No meu caso, virei cientista político mesmo. Mais nicho ainda, estudava anarquismo. Consumia os filmes mais estranhos, as músicas mais dissonantes, os pensamentos mais desviantes e associava tudo isso à ideia de autonomia.
Ingenuidade, claro. Nossa época provou que radicalidade serve a todo tipo de ideologias, incluindo as autoritárias. Aprendemos bem demais a usar qualquer ideia como ferramenta de marketing. Por exemplo, usar a palavra democracia para defender a ditadura. Essas coisas simples.
Mas estou desviando do assunto, para variar.
A coisa mais útil que aprendi na minha carreira foi identificar onde estão os focos de poder de uma determinada situação de trabalho. É mais compl…
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