Preservando a diversidade
O que acontece quando aplicamos a lógica da monocultura, que veio do campo, às atividades culturais?
Li, no Manual do Usuário, uma coisa que me deixou intrigado. O editor, Rodrigo Ghedin, pediu que os leitores do fórum do site sugerissem atividades livres de telas. Fiquei me perguntando se já estamos tão absolutamente dependentes de telas a ponto de precisarmos de dicas específicas do que fazer longe delas.
Logo a seguir, o teórico de mídia, Douglas Rushkoff, publicou um texto praticamente sobre o mesmo assunto: nossa relação com o solo, o corpo, a comunidade e as atividades off-line. Em algum momento, ele dispara um discurso sobre ajudar o vizinho, sair pra rua, ser respeitoso, etc. Coisas que, aparentemente, ouviríamos dos nossos pais, quando crianças.
Por que essas ideias soam tão estranhas, quando ditas em sites sobre tecnologia?
É que, de alguma forma, estamos aplicando a lógica da monocultura, que veio do campo, às atividades intelectuais. Ou seja: é o enfraquecimento da diversidade. Menos atividades off-line, menos movimento do corpo, maior controle, menor flexibilidade e resiliê…
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