O zumbi saudável
O Twitter leva bala mas não morre.
Você consegue garantir que, no último ano, tenha feito pelo menos 10 piadas livres de sarcasmo ou mordacidade? Eu não.
No cotidiano, faço piadas o tempo todo. Mas a maioria desse “conteúdo” morre antes de ser publicado. E nem me refiro a publicar na Internet ou no Diário Oficial. Sequer falo para pessoas, sejam íntimas como terapeutas de seriado ou desconhecidas como parentes de funeral.
É que nem sempre vale o esforço de explicar e limpar a linguagem de possíveis más-interpretações. Quem é que faz piada já com corretor ortográfico e consultoria ideológica? Quem é que consegue engatilhar, apontar e calcular as consequências do que diz, assim, prontamente, como um duelista de filme de Sergio Leone?
E o que você faz quando não é um Clint Eastwood, um Lee Van Cleef do discurso? Não entra de peito estufado no Saloon. Fica em silêncio, até que alguém quebre uma garrafa na sua cabeça, vire a mesa, ou algo assim.
Imagine se os filmes de Sergio Leone obedecessem à lógica do Twitter. O caubói (qua…
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