Nós passamos o dia mentindo
Por que seria diferente com a IA?
Você chega a uma reunião. Nota um rosto conhecido. A pessoa te cumprimenta, animadamente. Parece saber detalhes sobre sua vida. Mas você não consegue se lembrar de onde a conhece.
A interlocutora vai se expandindo. Agora seria totalmente rude pará-la e perguntar: “quem é você mesmo?”
O que você faz? Ora, vai enrolando e fazendo perguntas estratégicas pra tentar conseguir mais informações. Pelo menos, as suficientes pra evitar uma gafe.
Seu cérebro passa por um frenesi classificatório: a cada interação, testa uma hipótese sobre a pessoa, descarta outras e deduz uma continuação segura pra conversa.
É um Tetris cognitivo. Ou mais ou menos como uma dessas caixas de busca com a função autocomplete.
A pessoa te pergunta: “Lembra daquela situação?” Você diz que sim, mas está mais perdido do que o sujeito do filme Memento. Neste ponto, a sua porcentagem de mentiras brancas já está nos 60 ou 70%. Não só nas palavras, mas até nas expressões.
Você nem está participando da conversa, realmente. Resolve …
Continue a leitura com um teste grátis de 7 dias
Assine Texto Sobre Tela para continuar lendo esta publicação e obtenha 7 dias de acesso gratuito aos arquivos completos de publicações.

