Hedonismo tecnológico

Cena do filme Pi, de 1998.
Imagino que você já tenha se pegado pulando de uma tecnologia para a outra, mudando de sistemas operacionais, de aplicativos, de procedimentos de trabalho. Ou configurando, vendo tutoriais, “testando” novidades. Horas e horas procurando o software e a experiência de usuário perfeita.
É uma espécie de prazer misturado com dor. É angustiante, mas você não larga. Quer resolver o assunto. Thriller tech.
Ou um jogo. Você tenta deduzir as regras (sem ler os manuais). Depois, desvenda a narrativa daquela tecnologia, que história ela conta — que nem sempre é a mesma que a empresa fabricante tenta lhe vender. Passamos por fases, vencemos desafios, enfrentamos “chefes”.
Aos poucos, participamos de uma construção de mundo. De alguma forma, é um micro exercício de consumo de ficção. O Twitter tem uma “twiteridade”, o Substack, uma “substaquesidade” e por aí vai.
Se Madame Bovary usava romances como escapismo, nós também usamos UX (User Experience) para, supostamente, fugir d…
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