Fim de festa

Exemplo da estética Angelcore, popular na Internet.
Tenho um certo fascínio pelo fim das coisas. Civilizações, tecnologias, bandas, relacionamentos, movimentos sociais. Se a profissão existisse, eu seria um “entropiologista”, ou “finólogo”.
É que, assim que algo é criado (ou percebido), já começa a se deteriorar e corromper. Parece óbvio. Mas não é incrível?
Alguns fenômenos mudam rapidamente, como que vaporizados da cultura. One hit wonders, paixões, certas modas.
Outros apenas parecem existir, mas, quando analisados de perto, fragmentam-se cada vez mais. Punk(s), anarquismo(s), “pensamento oriental”. Quase não há como agrupá-los seriamente.
Há fenômenos que parecem se transformar lentamente. Degeneram-se de maneira enganosa, às vezes até festiva, disfarçada de sucesso. E, então, mal percebemos a dissolução das suas premissas.
Também há aqueles com morte falsa, no melhor estilo barata encurralada. Eles desaparecem por um tempo, se escondem e, aos poucos, surgem novamente — como louça, impo…
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