Eu me demito!

Cena da Porta dos Fundos, no seu ambiente natural, o YouTube.
Dia desses, o algoritmo do YouTube me recomendou um vídeo da Porta dos Fundos. Nele, um casal critica uma filha adolescente. Ela teria optado por estudar e encontrar uma profissão “comum”, em vez de se tornar uma YouTuber ou TikToker.
Interessante. Lembrei do atual debate sobre quiet quitting, que, em tese, já seria uma resposta à Hustle Culture.
Vários termos estranhos que fazem parte de um mesmo fenômeno: a perda das fronteiras entre o que é trabalho e o que é… o resto da vida.
A diversão virou Entretenimento. Assim, é produzida e consumida em ritmo industrial. Tornou-se um fluxo contínuo de metas a cumprir, conscientes ou inconscientes.
Se pensadores do século 19 criticavam a degradação humana de ter que seguir o tempo da linha de produção, hoje acrescentamos outras: scroll infinito, swipe do TikTok, métricas de redes sociais, etc.
O Entretenimento domesticou, disciplinou e controlou a diversão, transformou o prazer em trabalh…
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