Foto de Boris Smokrovic, via Unsplash.
Até fevereiro, estou morando na Serra Gaúcha, numa tiny house no meio da floresta. Isso faz com que eu tenha um relacionamento relativamente próximo com animais e insetos locais.
Entre eles, está um pássaro que, todos os dias, resolve bater a cabeça num dos vidros da sala, por volta das 5 da manhã. Não é uma batida forte. Mas é insistente. Ele continua ali, todos os dias, como se quisesse provar alguma coisa.
Já tentei de tudo pra dissuadi-lo da missão. Coloquei roupas na janela, pra tampar a transparência. Tentei sair e “conduzi-lo” pro outro lado da casa, imaginando que ele quisesse chegar até lá. Mas não adianta. Ele sempre volta.
Ele passa a manhã me olhando, enquanto leio as notícias e respondo e-mails. Se me mexo demais, voa. Se fico quieto, volta.
Então, meio que resolvi adotá-lo. Graças a algum hábito machista, deduzi que o pássaro é macho. E lhe dei o nome de Charlie, Charlie Parker.
Essa história mostra como não tenho muita vocação pra Altruí…
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