Controlando os controladores

Os Sopranos. Tudo em família.
Alô, como você está? Eu vim votar em SP. E fazer uns favores para a família.
Curioso: ao usar essa frase, automaticamente penso em filmes de mafiosos. Vejam o tamanho da minha formatação cultural.
Acaba que minha tarefa principal é lidar com a burocracia de estar na casa dos outros. É que minha família é um tanto obsessiva. Você vai fazer um arroz e parece que vai cuidar de um reator nuclear: “não toque nisso, cuidado com aquilo, verifique aquele procedimento”. É uma tensão constante.
Meu pai chegava a ser engraçado. Lembro-me de andar pela casa sentindo seu olhar. A qualquer momento viria uma correção: peguei a faca do jeito errado (o que poderia causar um acidente), esqueci de fechar uma porta (assalto), etc. Boas intenções, mas um jeito sufocante de viver.
Obviamente, desenvolvi uma sensibilidade para, como se diria em programação, “If This, Then That”. Foco nos processos, em como as coisas se encadeiam para funcionar e, em especial, o desejo de evitar risc…
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