Coisas que eu gostaria de ter aprendido antes
Ou, pelo menos, é o que eu digo em público.
Uma reflexão entre uma comida murcha de aeroporto e outra.
Quem é que não gosta de textos do estilo “coisas que eu gostaria de ter aprendido antes”? É um gênero literário único. Vive numa espécie de limbo entre a arrogância, a humildade, a ingenuidade e a afetação. Não há como escrevê-los sem soar canastrão. Ainda assim, é um exercício interessante.
Do ponto de vista do escritor, ajudam a transmutar arrependimentos e ressentimentos. Na melhor das hipóteses, em algo pragmático, como diretrizes, listas de afazeres. Na pior, levam à ingênua crença de que o autor superou algo, que passou de fase.
Qualquer pessoa que tenha experiência em tentar mudar hábitos, sabe que essa é uma tarefa longa. E enganosa. É que hábitos têm diversas camadas. Têm conexões e gatilhos não-intuitivos, não-lineares, espalhados por muitos aspectos da vida da pessoa. São interconectados em redes, influenciando e sendo influenciados por vários sistemas e percepções.
Assim, os textos de autoavaliação pública podem tanto …
Continue a leitura com um teste grátis de 7 dias
Assine Texto Sobre Tela para continuar lendo esta publicação e obtenha 7 dias de acesso gratuito aos arquivos completos de publicações.

