Aprender sem aprender
O vício em ver tutoriais no YouTube e a aversão ao processo de aprendizado.
Billy Corgan num filme do Tim Burton, segundo o MidJourney.
Outro dia, me perguntava: em qual rede social sou realmente viciado? Twitter? Nem tenho mais conta. Mastodon? Raramente visito. Instagram? Fico entediado em alguns segundos. Substack? Nah. Inclusive, é triste, mas já desenvolvi certa fadiga de newsletters.
Meu problema é mesmo o YouTube. E não necessariamente pelos parangolés algorítmicos. Minha área mais visitada do site é a busca. A página inicial é secundária.
É que meu vício vem de antes mesmo da Internet: tutoriais, entrevistas com músicos e artistas, making ofs, trajetórias e timelines. Essas coisas são as que prendem minha atenção. Desde a época em que o Vale do Silício era feito de cascalho.
Até mesmo com livros, de modo geral, em vez de ler apenas o “conteúdo“, procuro os detalhes de como a obra foi feita. Meu Airbnb favorito fica no país dos bastidores.
Isso não deixa de ser consumismo, só que num nível mais estrutural. Tipo Claude Lévi-Strauss de C&A. Não que eu esteja …
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