A vida não é uma timeline
Por favor, parem de declarar a morte de ideias e de tecnologias.
Deftones, ex-famoso e ex-obscuro: a cultura desafia a obsolescência programada.
A vida não é uma timeline. Quer dizer, quem sou eu para saber o que é a vida? Mas agora já foi. Só sei que ela não é assim — para soar como um personagem de Ariano Suassuna.
Não é uma sucessão linear de acontecimentos que superam os anteriores. Tecnologias e ideias de diferentes épocas convivem e transformam-se constantemente. Produtos culturais deixam múltiplos rastros e fantasmas. Coisas esquecidas voltam à moda. Ou nunca morrem para certos nichos.
Por exemplo, o Deftones. Graças ao TikTok, virou tendência entre a geração Z. Quem diria. A banda foi famosa, mas de segundo escalão, na era do surgimento do nu-metal. Depois, voltou ao underground por pelo menos uma década.
Aliás, tenho me surpreendido ao conversar com algumas pessoas da geração Z. Elas conhecem minhas referências culturais mais obscuras, se interessam por atividades que definiram minha vida (zines, por exemplo), são críticas à Internet e escreve…
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