Introdução à toscopia
E se o futuro for simplesmente… tosco?
Vamos fazer um exercício futurológico. Uma espécie de utopia cheia de cicatrizes e remendos com durepox. Quase como no livro (e série) Estação Onze, de St. John Mandel.
Primeiro, vamos aceitar os seguintes cenários:
A inteligência artificial assumiu a maioria dos nossos postos de trabalho. Poucas pessoas têm empregos, como conhecemos hoje.
Vivemos de renda mínima (via Estado) e “pedacinhos” de investimento, aplicados no capital financeiro.
Ao mesmo tempo, o aquecimento global provocou uma real crise ideológica na sociedade de consumo. Comprar virou sinônimo de burrice.
As circunstâncias nos obrigaram a resgatar o talento para reciclar materiais, fuçar no lixo, ressignificar objetos cotidianos e encontrar saídas criativas.
Artistas perderam o status de seres especiais. Como todos temos mais tempo livre, porém pouco dinheiro e recursos naturais, voltamos a criar diariamente, mas sem big deal, sem competitividade e sem mercado.
Como ainda acontece com certas sociedades nativas, a criatividade e…
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