Aprendendo a se esconder
Quando a criatividade surge ali, no canto, onde ninguém vê.
É a lei do Oeste: todo buraco aberto um dia precisará ser fechado. Foi o que fiz, semana passada: cobri um deles. Eu parecia um coveiro. Trabalhava no meio do frio e da garoa, com uma pá velha e torta. Cercado de árvores gigantes, coberto de lama e usando roupas de trabalho azuladas.
Criado e desconfigurado durante o cinismo dos anos 1990, não pude evitar a lembrança do clipe de “My Name Is Mud”, da banda californiana Primus. Meu companheiro de trabalho, milennial, deve ter achado estranho quando eu fazia cara de psicopata e repetia: “mmmm, mmm, Mud”. Mas era uma piada específica demais para explicar.
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